top of page
Maquete da Mechânica Mineira. A construção possui uma grande porta arqueada ao centro, com um grande letreiro acima escrito “Garage Laguardia” em caixa alta. Acima do letreiro há uma estrutura decorativa ornamentada. Nas laterais do portão, há três janelas retas de cada lado com uma árvore em frente. Ocupando a extensão acima das janelas, na esquerda há um letreiro menor escrito "Escriptorio" e, na direita, há um letreiro escrito “Armazem”. O edifício possui lanternim e uma extensa cobertura em diferentes alturas, cuja parte superior possui um grande letreiro escrito “Garage Laguardia”.

Mechânica Mineira

Ao final do século XIX, muitas instalações industriais passaram a compor o cenário urbano de Juiz de Fora. Dentre elas, neste período, a Mechanica Mineira foi uma das mais importantes. Fundada pelo engenheiro Belisário Penna em 1889, a construção possuía maquinários para carpintaria, modelagem, fundição de ferro e bronze além de ferraria para montagem de máquinas e veículos de transporte. Em 1901, a firma possuía um potente motor elétrico construído no próprio local. Eclética, com elementos característicos da arquitetura industrial da cidade, a edificação chegou a ser adquirida tempos depois pela Companhia Industrial e pela Construtora Pantaleone Arcuri & Spinelli. No local funcionaria a oficina mecânica, ferraria e fundição da fábrica. No entanto, logo depois, a edificação foi novamente vendida. Ao longo da história, a construção também serviu de sede para os artistas do Núcleo Antônio Parreiras. O edifício foi demolido para a construção do Terminal Rodoviário Régis Bittencourt, inaugurado em maio de 1964.

Conhece mais um pouco sobre a história deste edifício? Contribua e deixe seu comentário no post oficial desta maquete:

Fragmentos Narrativos

(BARROS, 2008, p.46)

 

A Mechanica Mineira , em 1901, tinha força proporcionada por um motor elétrico de 30 cavalos e um motor a vapor de reserva (indício da falta de confiança em motores elétricos) de 18 cavalos. Contava com maquinismos para fundição de ferro (1 forno), bronze (1 forno), montagem de máquinas, carpintaria (no total 11 máquinas), 31 máquinas para a seção de ferraria, especializada na produção de máquinas para lavoura, vagões e vagonetes. Empregava entre 120 e 160 trabalhadores, com iluminação elétrica pelo sistema Laurens, Scott & C. Em 1904, o Jornal do Comércio noticiava o seguinte sobre a Mechanica Mineira: 

 

Um possante motor, construído nas próprias oficinas da Mechanica e que serve para comunicar a força motriz às transmissões e pequenas máquinas quando por ventura falte a energia elétrica, força empregada no estabelecimento, é fornecida pela nossa Companhia de Eletricidade. As oficinas compreendem cinco seções: seção de fundição, forjas, aparelho de forja, aparelho de ferro, carpintaria e modelagem. 

 

(MOREIRA, 2007, p.162)

 

Podemos verificar também, a partir deste caso, a absorção das premissas utilitaristas no programa desta fábrica. A fábrica empreendeu uma oficina mecânica que, juntamente a uma serraria e uma fundição, executava serviços de grande complexidade tais como a construção de máquinas para a própria fábrica e auxílio na construção das casas da vila operária. Para isto, foi adquirido o prédio da antiga Mechanica Mineira que, no entanto, tão logo a fábrica foi totalmente equipada, foi vendido e este setor passou a funcionar com fins de manutenção no próprio terreno da Companhia.

 

(DELAGE, 2014)

 

Quase "nômade", a Parreiras não apenas trocou de nome ao longo de sua trajetória, mas, sobretudo, mudou diversas vezes de endereço. "No começo, as reuniões aconteciam em bares, ocasião na qual os mais experientes, como Ângelo Bigi, Silvio Aragão e Carlos Gonçalves, davam palpites nos trabalhos dos outros e combinavam onde se encontrariam para pintar", conta o presidente. Até chegar ao prédio onde está hoje, na Estação Ferroviária, os artistas fizeram arte na primeira sede da Rua Halfeld; no antigo prédio da Mecânica Mineira, [...].

04.jpg
Referências Bibliográficas

BARROS, Cleyton Souza. ELETRICIDADE EM JUIZ DE FORA: MODERNIZAÇÃO POR FIOS E TRILHOS (1889-1915). 159 f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2008. Disponível em:https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2857/1/cleytonsouzabarros.pdf

 

ELAGE, Renata. Traços que não se apagam. 2014. Disponível em: https://amp.tribunademinas.com.br/noticias/cultura/11-03-2014/tracos-que-nao-se-apagam.html

 

MOREIRA, Danielle Couto. ARQUITETURA FERROVIÁRIA E INDUSTRIAL: O CASO DAS CIDADES DE SÃO JOÃO DEL-REI E JUIZ DE FORA [1875-1930]. 2007. 306 f. Dissertação (Mestrado) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2007

 

OLENDER, Marcos. Ornamento, ponto e nó: da urdidura pantaleônica às tramas arquitetônicas de Rafael Arcuri. Juiz de Fora: Editora Ufjf, 2011. 312 p.

Patrocínio e Apoio

A exposição Cidade Oculta é Financiada com recursos da Lei de Incentivo a Cultura Murilo Mendes, administrada pela FUNALFA e mantida pela Prefeitura de Juiz de Fora. 

Enriquecendo ainda mais este trabalho, outras 10 instituições privadas apoiaram a exposição. Cada uma delas está vinculada ao apoio de execução e pesquisa de um edifício específico. 

A Arbex apoia o resgate da memória da Mechânica Mineira. Líder na região em vendas consultivas, a Arbex Automóveis te oferece opções de extrema segurança em seminovos, zero km, financiamento e consórcio.

ARBEX.png
bottom of page